terça-feira, 2 de março de 2010

Como se proteger do corrimento vaginal

O efeito maléfico do verão no corpo da mulher não se restringe ao ressecamento do cabelo e da pele. Não há nada mais comum nessa temporada de sol que o corrimento vaginal. A leucorreia, como é chamado o problema, pode ter várias causas e, na maioria das vezes, pode ser evitada e tratada com facilidade. "O corrimento é normal no verão, ainda mais depois de férias na praia, pois o calor e umidade propiciam aos fungos e bactérias o meio adequado para crescerem", disse Nara Mattia, ginecologista e mastologista.

O corrimento vaginal pode ser fisiológico. Quando é normal é apenas uma secreção lubrificante. Esse tipo de secreção aparece dependendo da época do ciclo menstrual e por inúmeros motivos como o uso de absorvente, depilação em excesso, calça justa, calcinha de náilon, entre outros. "Existe uma umidade vaginal que molha a calcinha das mulheres todos os dias", disse o ginecologista Luiz Fernando Leite.

Quando é patológico, ou seja, infeccioso, o corrimento pode ser de três tipos: monolíase, mais conhecido como candidíase, tricomoníase e gardnerella. A candidíase é a mais comum. Nem sempre transmissível pelas relações sexuais. Vários fatores podem contribuir para ela se manifestar como, por exemplo, a imunidade baixa. "Cerca de 50% dos corrimentos são candidíase", afirmou o médico.

Tanto na tricomoníase quanto na gardnerella, o odor do corrimento é forte e a transmissão sexual é o principal fator de contração da doença. "O aspecto da secreção da candidíase é de um leite coalhado. Na gardnerella o aspecto é bolhoso e tem cheiro fortíssimo. A tricomoníase é uma média dos dois", disse Nara Mattia.

Os principais causadores dos corrimentos respondem a pomadas simples, disponíveis em postos de saúde. Somente o médico poderá indicar o tratamento mais adequado para o tipo de infecção. Produtos comprados em farmácias, sem receita, como sprays vaginais, apenas disfarçam o odor, mascarando a doença e dificultando o tratamento posterior. No exame ginecológico, o médico observa a cor, a consistência e o odor da secreção vaginal para saber se há sinal de que há infecção e o material colhido é analisado por um laboratório.

Mulheres em qualquer idade podem apresentar algum tipo de infecção genital. O ato sexual (principalmente desprotegido) é o maior fator para o seu aparecimento. Confira, abaixo, o que é preciso fazer para evitar o problema:

1. Manter higiene adequada dos genitais

2. Após a evacuação, fazer higiene rigorosa, com banhos de assento

3. Usar papel higiênico com movimentos de frente para trás, evitando, assim, disseminação de bactérias do reto para a vagina

4. Usar calcinhas de algodão, de preferência, e não muito apertadas

5. Trocar frequentemente absorventes higiênicos no período de menstruação

6. Evitar ficar muito tempo com maiô ou biquíni molhados na praia ou na piscina, pois o ambiente quente e úmido favorece a proliferação dos fungos

7. Visitar o ginecologista com muita regularidade

8. Ter mais cuidado na escolha do parceiro sexual

Andressa Tufolo

segunda-feira, 1 de março de 2010

As fases do sexo

Aos 20, aos 30 e aos 40 anos, muita coisa pode mudar na cama...

Lembra-se de como você era dez anos atrás? Além do corte de cabelo, seus interesses eram diferentes, seu corpo era possivelmente mais rígido e sua cabeça certamente não era a mesma de hoje. Depois de dez anos, é claro que a cama também mudou - e não estamos falando do colchão, mas do seu desejo, do seu desempenho e do seu gozo.

Algumas coisas continuam iguais - como aquela pinta no ombro direito ou a vontade de ganhar umalingerie vermelha de presente de aniversário - mas outras acabam mudando quando se tem 20, 30 ou 40 anos de idade. Como vai ser o sexo daqui a dez anos?

Aos 20

Aos 20 anos, quanta animação! As mulheres jovens fazem preliminares de duas horas, transam pelas escadas do prédio e depois contam tudo para as amigas. É assim com Adriana*, de 22 anos, que tem um namorado há quatro meses, com quem jura que vai ficar pelo resto da vida. "Ele é o segundo cara com quem transei. É bonito, carinhoso e nos damos muito bem", diz, comedida - os detalhes ela deixa para as amigas íntimas. "Eu e meu namorado fazemos coisas que antes eu achava que só as prostitutas faziam. Mas ele me mostrou que é natural. E muito gostoso", conta a estudante.

“É um aprendizado que vem com a idade. À medida que os anos passam, a qualidade do sexo aumenta, mas a quantidade pode diminuir”

A sexóloga Glene Faria explica que aos 20 anos tudo é uma grande novidade. "A mulher ainda está aprendendo e pode ter dificuldade de atingir o orgasmo", afirma, lembrando que a experiência vem com o tempo e o sexo vai ficando cada vez melhor.

Aos 30

A balzaquiana tem mais estrada. Não quer transar apenas com o homem que julga ser sua "cara-metade", topa sexo casual e diz saber aproveitar bem os momentos debaixo dos lençóis. Júlia*, 30 anos, está solteira, tem um vibrador e afirma gostar muito de sexo. "Estou mais segura atualmente e não fico pensando se estou bonita, ou se ele está vendo minhas celulites, como quando eu era uma garotinha", diz. Sua irmã de 33 anos, Tatiana, vê os dois lados da idade: "Estou casada há alguns anos e acho que transo menos hoje do que aos 20. Em compensação, considero minhas transas mais intensas e, em breve, pretendo ter um bebê", revela.

Glene Faria afirma que é comum haver uma diminuição do desejo aos 30 anos. "É comum que a mulher comece a se lubrificar no meio da relação, uma vez que o homem pára de investir nas preliminares", explica a sexóloga, sublinhando que o casal não pode parar de priorizar a sexualidade. "Depois de três anos de relacionamento, vem a primeira crise, pois termina a paixão e vem a rotina", alerta.

Aos 40

Quando a mulher entra nos enta, conhece a chamada "idade da loba". Significa que ela não cai matando como a de 20, nem está mais pensando em mamadeiras, como a de 30. "Estou no ápice da minha vida sexual", garante a fisioterapeuta Laura, 41 anos, e um filho de 12. "Eu e meu marido temos muita intimidade sexual e mantivemos o romantismo a longo de todos esses anos. Por exemplo, às sextas, saímos pra jantar só nós dois", conta, insinuando que a noite é sempre longa.

Para Glene, a mulher de 40 anos está mais madura sexualmente. "Ela é experiente, conhece o próprio corpo e está apta a ter uma vida sexual muito boa", afirma a sexóloga, lembrando que a mulher é mais exigente aos 40. "Ela sabe dar prazer ao parceiro e também quer qualidade em troca", adverte.

Mas nem tudo são flores... "Entre 45 e 50 anos, a mulher pode entrar na menopausa e observar diminuição do desejo e da lubrificação", afirma a sexóloga, sugerindo que o gel lubrificante vire parte integrante do ato sexual.

Glene lembra que cada relação é uma relação e que boa parte da qualidade sexual está nas mãos dos homens: "Se ele é dedicado e se mostra preocupado em estimular sua parceira, não há mulher que não funcione", afirma, ressaltando que o sexo tende a melhorar com o passar dos anos. "É um aprendizado que vem com a idade. À medida que os anos passam, a qualidade do sexo aumenta, mas a quantidade pode diminuir", resume.

por Rosana F. | 24/02/2010