sexta-feira, 27 de fevereiro de 2009

Até 50% das mulheres tem dor durante o sexo

A dispareunia pode ser causada por fatores orgânicos ou psicológicos. Importante destacar que o distúrbio se origina na interação de um conjunto de fatores e não de uma causa isolada.

Destacamos os seguintes:
Fatores Orgânicos

Infecções genitais, tais como candidíase (monilíase), tricomoníase, etc.
Doenças de pele que acometem a região genital: foliculite, pediculose púbica ("chato"), psoríase;
Doenças sexualmente transmissíveis, como cancro mole, granuloma inguinal, etc;
Infecção ou irritação do clitóris;
Doenças que acometem o ânus;
Irritação ou infecção urinária;
Nos homens, podemos destacar a fimose, doenças de pele, herpes genital, doenças do testículo e da próstata.

Fatores Psicológicos
Dificuldade em compreender e aceitar a sexualidade de uma maneira saudável;
Crenças morais e religiosas muito rígidas;
Educação repressora;
Medos e tabus irracionais quanto ao contexto sexual;

Falta de desejo em fazer sexo com o(a) parceiro(a);
Medo de machucar o bebê, quando durante a gestação;
Falta de informação;
Traumas infantis relacionados à sexualidade;
Sentimento de culpa na vivência da sexualidade.

Em uma relação sexual onde a mulher está preocupada, triste, assustada, sejam esses motivos desencadeados por fatores internos ou externos, ela não tem condições de se excitar. Para que isso ocorra, ela precisa estar bem, presente naquele momento da relação. Com a excitação ela ficará lubrificada, o que proporcionará conforto durante o ato em si. Por outro lado, a mulher mal estimulada, com sentimentos ruins relacionados ao encontro sexual, não se excitará adequadamente. Sem excitação não haverá boa lubrificação, logo ela sentirá dor ao ser penetrada. Isso tornará a relação empobrecida, desgastada para o casal, e assim, os conflitos na relação se agravarão cada vez mais. A mulher, com medo de sentir dor novamente na relação, vai evitar o encontro sexual. E novamente o conflito poderá aparecer. Isso tenderá a se tornar um ciclo vicioso, no qual a dor gera medo, o medo gera tensão, e esta gera dor ainda maior.

O primeiro passo para o tratamento é consultar um médico ginecologista, se ele afastar todas as causas orgânicas possíveis você será encaminhada para um especialista na área de sexualidade.
A consulta médica é de extrema importância porque ela será capaz de detectar possíveis fatores orgânicos, que poderão ser tratados.

terça-feira, 24 de fevereiro de 2009

Truques de mulher

Sempre buscamos melhorar nossas performances em todas as esferas de nossas vidas. Por que não no sexo? Fazer algo diferente vai atrair a atenção do parceiro e demonstrar claramente a ele o que é que você está mesmo querendo.

Qualquer coisa que estimule os sentidos vai incrementar a relação e reforçará o laço de intimidade. Um cheiro, um gosto, uma imagem, um som...

Se a mudança que quer propor inclui, por exemplo, um brinquedo erótico esta decisão deve ser avaliada e sondada antes com o parceiro. Já pensou se ele chega e é surpreendido por um vibrador, mas não topa a brincadeira? Então, conversem sempre para saber os gostos e os desejos um do outro.

Mas você pode abusar para conseguir o que quer. Regina Racco, que possui mais de 20 anos de experiência como professora de pompoar, conta um truque que ajuda muito: “A um adulto podemos dizer não, a uma menina nunca! Pule em seu colo, seja dengosa e peça com carinho. Se for algo muito inusitado e você achar que ele não entenderá, vá aos pouquinhos aumentando essa parceria. Massagens, surpresinhas, como um jantar romântico, por exemplo, podem servir de excelentes pretextos para conseguir aumentar essa intimidade”.

Você é tímida? Os homens também são. Durante milhares de anos vivemos reprimidos por uma cultura na qual o sexo é visto como um assunto tabu, inclusive para os homens.

“Seguir os caminhos do lúdico. Desperte a menina que existe em você e brinque bastante. Adultos têm muito senso crítico e quando o assunto é prazer, precisamos de liberdade para criar. Seja uma menina ‘sapeca’, ele vai adorar!”, disse Regina.

Que tal aparecer para o seu parceiro com uma lingerie ousada? Se você for muito tímida e utilizar uma peça de cor diferente das que está habituada a usar, já será uma mudança. Que com certeza será notada.

Proponha uma massagem. Compre um óleo ou um creme especial, pense num cheiro que ele gosta e brinque! O importante nestas ocasiões é divertir-se. Permitam-se rir juntos.

Se vocês já têm uma relação mais íntima, que tal uma visitinha a uma sexshop? Você compra algo para ele, ele te presenteia com algo diferente... Comprem um Kama Sutra, leiam juntos, testem posições novas. Vocês até podem não conseguir executar algumas das posições inusitadas propostas pelo livro, mas vão se divertir muito.

Quebrem a rotina! “Busquem sempre manter o costume de curtir seus momentos íntimos. levem novidade aos encontros amorosos e quando falo encontro, estou me referindo também aos casais casados. O que fazem em seu quarto, são encontros, portanto, amem-se com a consciência da presença e todo o carinho possível”, reforçou a experiente Regina.

Fantasiar faz parte das brincadeiras de criança, e é algo que se esquece com o passar do tempo. O dia-a-dia, as obrigações da profissão, dos estudos, acabam tomando o espaço lúdico. O sexo é uma “brincadeira” de gente grande, que inclui a responsabilidade consigo, com o parceiro, com os limites físicos e emocionais dos dois. Não se esqueça disso.

Patricia Esteves Grosman

Regina Racco

www.pompoarte.com.br

domingo, 22 de fevereiro de 2009

Vida Real

'Gosto de todos os tipos de sexo. Mas não suporto dor nem atitudes violentas. Aprendi isso de tanto me testar'

Eu transo com homem, mulher, gay, bi ou todo mundo junto. Diz estar se preparando para se deitar com um travesti. Quer experimentar, saber como é se relacionar com esse tipo de homem. Para a Socióloga estrangeira Ana Delana, de 36 anos, leonina de 8 de agosto, fazer sexo sem restrições é apenas uma maneira de expressar sua liberdade. 'Ninguém me domina', diz. Aqui, ela conta parte de suas aventuras.

Já perdi a conta de com quantas pessoas transei na vida, nem faço questão de contar. Mas foram muitas! Aprendi a me relacionar pelo sexo e não me importo de dividir a cama com homens, mulheres, gays, bissexuais e também todo mundo junto. Há quem me considere ninfomaníaca. Não é o caso. Me defino como alguém de espírito livre e sem preconceitos. Dinheiro nunca entrou nessas histórias. É só uma forma diferente de ter prazer. Eu me excito com facilidade, o que tem me levado a relações excêntricas, e às vezes chocantes, para a maioria dos mortais.
Costumo transar, em média, duas vezes por semana, nada absurdo. Meus parceiros são desconhecidos, gente que encontro na noite e por quem acabo sentindo empatia. Raras vezes fiz uma segunda rodada com as mesmas pessoas. Por enquanto, não quero me disponibilizar afetivamente por muito tempo. Prezo minha liberdade e, além disso, o afeto pode vir de amigos e de pessoas com quem convivo social e intelectualmente.
Raramente saio sozinha e, quando saio, nunca tenho em mente a 'caça'. Quero me divertir, ficar com os amigos, beber uma cerveja. Mas as oportunidades de sexo aparecem e, em geral, tenho disposição para encará-las. Prefiro ambientes gays aos héteros, que são limitantes. A abordagem dos homens costuma ser agressiva. Existe uma espécie de código de como homens e mulheres devem se comportar e, como não suporto regras, evito esses lugares para não me desgastar. Entre os gays, fico à vontade. Há um respeito pelas pessoas, mesmo que não role nada sexual.
Semana passada, eu fui com um amigo a um clube gay, onde toca música eletrônica. Conversamos, dançamos e, uma hora, cada um foi para um canto. Fui para o bar e me sentei ao lado de dois homens. Logo entendi, pelos gestos, que eram gays. Pedi a um deles para acender o meu cigarro e, por causa do meu sotaque estrangeiro, rolou um papo. Queriam saber de onde venho, o que faço em São Paulo, essas coisas. Uma garota chegou em seguida. Ela logo deu um jeito de dizer que era bissexual e quis saber a minha orientação. 'Gosto de pessoas', disse.
Tanto ela quanto os gays ficaram animadíssimos. Mas não dei mais pistas sobre mim. Uma meia hora depois, apareceram dois homens, que me foram apresentados como héteros. A menina estava interessada em mim, percebi pelos olhares que me lançava. Foi se criando um clima de sedução, e eu achava que era só entre mim e ela. Me senti poderosa e bonita, como em geral me sinto. Eram umas quatro horas da manhã quando alguém fez a proposta de irmos a um apartamento tomar mais um drinque. Eu sabia o que havia nas entrelinhas daquele convite, mas não tinha certeza de que todo mundo estava disposto a transar.
Fiquei à vontade naquele grupo, que tinha uma energia legal. No apartamento, alguém jogou um colchão no meio da sala. Eu me deitei nele, e os héteros vieram para perto de mim. Começamos com uns beijos, umas carícias, e logo partimos para a transa. Os gays ficaram olhando, a menina deu uma sumida. Depois, eles se juntaram à gente. Os héteros exigiram bastante de nós. Eu queria dar atenção a todo mundo e sei que não fiz papel feio.
Transamos por quase uma hora. Aí, eu dormi. Quando acordei, me juntei às pessoas para um café preto e muita água para hidratar o corpo. Na despedida, eu fiz como de costume: dei um beijo na testa de cada um deles, um gesto carinhoso, mas despojado de uma intenção de prolongar a relação. A idéia não é essa!
Esse meu jeito de ser não é um comportamento que adquiri de repente. Fui testando os meus limites até descobrir o que agüento. Hoje posso dizer que sou bem resistente! Sou a mais velha dos três filhos dos meus pais, que são bem severos. Só que eu não correspondia às expectativas deles. Desde menina, queria ser livre. Tive meu primeiro namorado aos 17 anos. Foi com ele que perdi a virgindade. Apesar de ter escondido dos meus pais, por medo, gostei da experiência. Outros namorados vieram e com todos mantive relações convencionais. Mas, aos 20 anos, não suportei mais os controles familiares e fugi de casa. Fui para Boston, atrás de um amigo americano que havia me prometido ajuda, se um dia eu fosse para lá. Só que, quando cheguei, ele tinha mudado de idéia.
Fui acolhida pelos pais dele, mas tive que me virar. Trabalhei até na construção civil, carregando tijolo. Boston é uma cidade rica, não tem tanto imigrante como no sul e é propícia para o exercício da liberdade. Você pode ser o que é. E fui. Tive algumas experiências diferentes, como transar com dois homens de uma vez, mas não extrapolei demais os meus limites porque ainda não estava preparada para isso. Depoimento a Fernanda