sexta-feira, 16 de janeiro de 2009

E possível domesticar namorados e maridos?

Ele só irá colaborar se entender a importância disso para a relação

Se existisse um curso para domesticar homens, pode ter certeza que as vagas já estariam preenchidas até 2015. Como tal serviço ainda se encontra indisponível no mercado, tentamos ajudá-la nessa missão quase impossível. No entanto, antes de mais nada, você precisa saber que sem a cooperação do seu amado, pouca coisa irá mudar.

"Qualquer tipo de manipulação é péssimo para o relacionamento", afirma a psicóloga Renata Soifer. Na opinião da especialista, tentar mudar o outro é uma agressão, mesmo que a intenção da mudança seja positiva.

Segundo Renata, a saída é mostrar para o parceiro porque você ficou irritada com determinada situação ou mania. "Se ele compreender e entender que isso vai ajudar na relação, vocês terão um acordo", esclarece.

Uma forma de fazê-lo compreender a necessidade de certas tarefas domésticas é sendo sincera. "Se você quer que ele lave a louça, faça um pedido honesto, explique que está cansada e que naquele dia ele poderia fazer tal serviço. Mas se você exigir que ele lave a louça, ou seja, se fizer disso um exercício de poder, não vai funcionar", exemplifica a psicóloga Silvana Martani.

E quando a cena se repete dia após dia? Um exemplo clássico são as roupas (incluindo as cuecas) jogadas no chão. "A mulher tem que entender porque o homem possui tal atitude. Não ache nada, pergunte. Às vezes nem é intenção dele irritá-la", explica Silvana.

Para a psicóloga, não é eficaz a atitude de "fingir que não está vendo e esperar por uma ação do parceiro". "Isso não funciona, é imaturidade e conspira contra a própria pessoa, pois a mulher ficará mais irritada e, se 'estourar', pode colocar a relação a perder", diz Silvana.

Mais uma vez, a solução é a conversa. E se mesmo depois de um diálogo franco nada funcionar, a profissional dá a dica: "Coloque na balança as atitudes dele. Se equilibrar é porque você está com um homem que vale a pena. Caso contrário, caia fora". 

Os opostos se afastam

Aquela história de que "os opostos se atraem" é coisa do passado. Segundo a psicoterapeuta Suely Molitérno, o casal tem que compartilhar, tem que ter projetos em comum. "Não temos tempo de viver duas vidas", diz Suely. E ela explica: "A mulher já tem pouco tempo livre, se tiver que fazer o que o outro gosta e não os programas que ela deseja, a relação dificilmente será mantida". Portanto, de acordo com a psicoterapeuta, o casal deve ter preferências semelhantes. Assim, ambos se desgastam menos e não têm o desejo por mudanças. 

Ninguém é perfeito

Se engana quem pensa que vai conseguir fazê-lo parar de fumar, beber, sair com amigos, jogar futebol toda sexta à noite, enfim, qualquer que seja o "vício" do amado. "O outro só irá mudar quando o hábito passar a incomodá-lo", explica Silvana. Portanto, só a vontade da companheira não é suficiente.

O segredo é escolher bem para não reclamar depois que você foi vítima da propaganda enganosa. "Apenas cerca de 5% dos casais têm uma ligação afetiva, que provoca a mudança permanente. Esses parceiros mudam para agradar ao outro e para melhorar a relação, não é preciso cobranças", afirma Suely.

Se você se assustou com esse percentual tão baixo, calma. Aí é que está o centro da questão. "Podemos reverter isso para 95%, basta melhorar na busca. Mas para tanto, a mulher precisa, primeiro, se conhecer e ter a auto-estima elevada", esclarece a psicoterapeuta.

No mundo da lua

Se o problema do seu namorado for apenas esquecimento ou dificuldade em estar na hora certa no local esperado, simples táticas podem ajudá-la. Veja a seguir:

- Coloque alarmes na agenda do celular dele para recordá-lo de datas especiais;

- Ligue para ele meia hora antes de se arrumar para sair. Dessa forma irá lembrá-lo do encontro e, ao mesmo tempo, você tem uma perspectiva mais exata sobre a hora que ele irá passar para pegá-la;

- Se o caso for grave, vale a pena marcar compromissos sempre com uns minutinhos de antecedência. Por exemplo, se pretende chegar a uma festa às 21 horas, combine com ele às 20h30.

Serviço: Renata Soifer - psicóloga www.terapeuta.psc.br

Silvana Martani - psicóloga www.psicologa.psc.br

Suely Molitérno - psicoterapeuta transpessoal www.suelymoliterno.com.br

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