terça-feira, 13 de janeiro de 2009

Meu namorado morreu de ciume

" Há mais ou menos um ano, meu namorado me disse que sua maior fantasia era estar na cama comigo e com mais uma mulher. Eu ri e respondi que era impossível. Mas o desejo dele acendeu minha curiosidade e, sem que ele soubesse, entrei em sites de encontros de lésbicas. Comecei a freqüentar as salas de bate-papo das homossexuais todos os dias e só isso já me excitava muito. Percebi que as lésbicas assumidas têm um certo preconceito com as curiosas ou bissexuais. De cara perguntavam: 'Lés ou bi?'. Quando respondia que não era nem uma coisa nem outra, elas não queriam papo.

Uns seis meses depois, num chat com várias pessoas, simpatizei com as frases bem-humoradas de Vivian*. Ela era da minha idade, casada, mãe de três meninos. Disse que, como eu, era hétero e queria experimentar o sexo com uma mulher, mas deixou claro que jamais toparia transar a três e me convidou para um chope.

No dia seguinte, fui para o bar, ansiosa, achando tudo aquilo uma loucura. Ela chegou muito à vontade, falando do carro, do filho, do calor. Era vaidosa, usava roupas superjustas, que valorizavam seu corpo malhado. Isso me influenciou a ir em frente, pois, se fosse uma mulher masculinizada, não teria rolado. É uma questão de preferência, não de preconceito.

Ficamos ali por umas três horas, falando de tudo, menos de sexo. Na hora de ir embora, ela disparou: 'E aí, vai rolar um filme com pipoca na sua casa?', e marcamos para dali a dois dias. Não falei nada para o meu namorado, pois sabia que ele ia querer participar.

Quando ela chegou à minha casa, eu estava muito nervosa. Bebemos cerveja e conversamos por horas. Se dependesse de mim, nada teria acontecido. Depois de muito papo, ela se sentou ao meu lado no sofá, disse que estava tensa e pediu uma massagem nas costas. Quando encostei a mão nela, senti que a situação não tinha mais volta e deixei rolar. Fui acariciando o corpo dela, até que nos beijamos e a transa pegou fogo. O toque dela era macio, leve, gentil, nada a ver com o que eu já conhecia. As sensações foram mais suaves, o sexo mais bem explorado, feito sem pressa. Tivemos tempo para sentir intensamente cada etapa, fizemos de tudo e nós duas tivemos muito prazer. Não fiquei perdida. Parecia que eu tinha estado com mulheres inúmeras vezes e não senti a menor falta da penetração. Para mim, essa foi a maior surpresa.
Apesar de ela dizer que era sua primeira vez, estava super à vontade e parecia muito decidida. Depois da transa, ficamos juntas na cama, conversando amenidades. Meia hora depois, ela tomou um banho e saiu meio apressada: 'Não posso chegar tarde em casa'.

Aí comecei a sentir muita angústia. Precisava falar com alguém. Escrevi um e-mail contando a história para o meu namorado. Ele me telefonou no ato, querendo saber detalhes e ficou em êxtase. Adorei contar tudo, aquilo me deu alívio e me excitou. O sexo com ele ficou muito melhor. Essa história passou a ser um combustível para as nossas fantasias. Sempre falávamos sobre essa outra mulher e ele insistia para conhecê-la, mas fui enrolando.

Quinze dias depois, Vivian foi para minha casa e ela teve que tomar a iniciativa de novo. Estávamos mais relaxadas, e o sexo foi ainda melhor. Alguns dias se passaram. Marquei um novo encontro com a Vivian e cometi o erro de falar para o meu na-morado, que, claro, quis se juntar a nós. Eu não queria. Menti dizendo que ia pedir a permissão dela e retornaria a ligação, mas não fiz isso. Ele começou a ligar insistentemente. Tentei disfarçar para Vivian não perceber, mas fiquei tão tensa que a transa foi ruim. Quando ela saiu, liguei para ele, que teve uma crise de ciúmes: 'Você está proibida de encontrar com essa mulher'. Ele tinha se sentido excluído e não gostou de eu ter ficado várias vezes com a mesma pessoa. Adorei a disputa e nosso namoro ficou mais forte e erótico. Ela me escreveu querendo um quarto encontro, mas não retornei e nunca mais nos falamos.

Esta experiência me abriu uma outra possibilidade de prazer, porque eu faria de novo, mas teria que acontecer naturalmente. Sei que meu namorado apoiaria, ele é liberal e ainda sonha com uma transa a três, mas não achamos a pessoa certa. Acho que histórias como essa não têm nada a ver com ser lésbica. Dá trabalho assumir um relacionamento homossexual e isso não me atrai. Só matei minha curiosidade."

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